segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Tão estranho!


Para mim, é estranho não ter de lutar! É estranho não ter de fugir! Tenho saudades dos tempos em que tinha muitas reúniões e situações urgentes á resolver.
Tudo terminou. Mas continua a ser estranho que eu sinta saudades de algo que afectou a minha saúde.
Sou parecido a pessoa que é vítima de violência doméstica mas diz que ama seu cônjuge mesmo assim e que quer ficar com ele mesmo sabendo que isso poderá conduzí-la à morte.
Em Jesus, fomos chamados para ser livres. Temos de mudar de mentalidade e quebrar as barreiras que ainda nos detêm. O mundo nunca mais parecerá os mesmo, mas progressivamente, ele passará a ter mais sentido, mais profundidade, mas coerência, mais abundância, mais qualidade.
É verdade que quando mudamos de alimentação. No princípio, o que é saudável nos parece sem graça mas os efeitos benéfico que, pouco a pouco, essa nova alimentação nos trás é altamente compensatória!

sábado, 24 de setembro de 2011

Estou a desparecer

Estou a desaparecer, socorram-me, estou a desaparecer. Não sou mais o que fui. SOU outra pessoa, a outra pessoa, aquela pessoa que eu não queria voltar a ser.
Será que eu fingi, será que eu menti, será que me consegui enganar a mim próprio. Tem de haver hora, tem de haver dia em que o homem sabe que chegou a sua vez de desaparecer. Deixar de ser o centro do mundo e aceita simplesmente aquilo que é e o que não é.
Não sou estável, amigo, tranquilo, sábio, constante, equilibrado…não sou muito mais coisas. Sou parecido com as ondas do mar em tempo de “Suestada”. SOU um carrossel, daqueles que faz vomitar as pessoas como de repente sou como a cobra, que está imóvel, mas pronta a atacar seu inimigo que vem fazendo barulho na floresta sem respeitar ninguém, apenas preocupado em apanhar cogumelos.
Não me queiram mudar, tornar mais educado, á força. Não me queiram impingir culturas, educações, visões do mundo que não me dizem nada. Porquê? Para quê? Para incomodar menos? Criem então um jardim “zoológico” para seres humanos esquisitos que são diferentes em demasia.
Eu não quero revolução, eu quero paz, sou como os outros. Gosto de união, mas não aquela união que repousa na base de se saber ficar calado e de se manipular pelo caminho da falsidade e, ainda por cima, se achar mais qualquer coisa que o resto dos comuns mortais. Mais o que quê? Mais para quê? Chegamos ao fim tal como começamos, todos iguais, e durante um lapso de tempo tão efémero, lutamos contra Quem nunca vamos vencer.
É horrível ser tão insignificante mas é a melhor cura para o nosso apetite desmedido. Queremos ganhar o mundo á custa do nosso cônjuge ou dos nossos filhos. Vamos estudar á noite, fazemos horas extras para a salvar a vida económica da nossa família mas acabamos por gastar esse dinheiro num fim de semana no Alentejo, sem problemas de consciência, sem nos recordarmos que durante várias noite, por causa dessa pequena luxúria, nossos filhos não usufruíram do nosso riso, da nossa respiração, da nossa sabedoria, da nossa atenção, da nossa escuta, das nossas opiniões discordantes, das nossas discussões sobre os grande temas…da infância e da adolescência!
Não sei se vou conseguir viver muito tempo neste mundo, desta forma; incluído, integrado, amoldado, ajeitado, acostumado. Como deve ter sido louca a abalada dos Europeus cristãos rumo á América do Norte na esperança de construir um novo mundo, com novo/velhos princípios de igualdade! Mas, por mais que eu fuja, irei me encontrar, na mesma, a solução é mesmo desaparecer, no oceano da comunhão com o Pai da Paz, o Rei da Harmonia, o Consolador, o nosso Descanso, o meu Salvador!