terça-feira, 10 de novembro de 2015

Nosso novo Lar

Encontramos uma linda alternativa. Não era uma boa alternativa mas uma linda alternativa. Uma casa velha, melhor dizendo, velhinha, cheia de bolor... mas era minha, era nossa, alugada vá. E avançamos. A minha linda esposa aceitou sair do seu Castelo e fomos para Almansil num "renque" de casas velhas ao pé de um restaurante de Luxo que ficava perto de um "Ribeiro", perto de umas garagens que equivaliam a umas vivendas geminadas em que o contador de água de todos era o mesmo, administrado pela Senhoria, uma Senhora que ria muito mas que mandava o filho resolver os seus problemas, quando a vontade de rir acabava.
Os finais de tarde eram magníficos. As pessoas encontravam-se e comunicavam na curva da estrada entre a Senhoria e o Restaurante de Luxo que albergava trabalhadores durante o dia e jogadores de Golf durante a noite.
Tínhamos um "poial", não sei se esta palavra está no dicionário mas sempre gostei de a ouvir por aí. Um poial é um pouco como um Chat em que nos encontramos Online.
Tínhamos um sala-cozinha, uma casa de banho e um quarto em que a pintura, consoante as zonas, variava do branco ao preto-bolor.
Mas não houve sítios, não houve muitos, não houve quase nenhum como este, em que nós nos sentimos tão nós, tão únicos, tão livres, mesmo que, sem visitas durante um ano da parte de alguns membros da família! 
Um dia, a minha esposa se voltou para mim e deu-me uma novidade, uma grande novidade, uma novidade que nos iria catapultar desta velha casinha para um lar mais a condizer com a nossa nova situação...