Seria difícil pedir melhor, começamos nosso casamento vivendo numa grande vivenda com piscina no Algarve nas Colinas de Vilamoura que nessa altura ainda tinham por nome Vale Judeu.
A natureza, o silêncio, a vista sobre uma boa parte do Algarve, enfim o sonho de qualquer pessoa. A casa era dos meus sogros, eles vivam numa residencial que lhe pertencia no vale de Vale Judeu e nós tínhamos o privilégio de morar na casa que eles construíram com as suas próprias mãos para aí passarem o resto das suas vidas.
A questão é que a ocupação da casa, na minha mente, era muito diferente da real e necessária ocupação, da mesma. O meu sogro aparecia frequentemente e sempre com uma missão para a qual ele necessitava da minha ajuda. Eu nunca tinha vivido numa casa. Não imaginava todo o trabalho de manutenção que isso implicava. Além da manutenção, meu sogro sempre construía mais alguma coisa afim de aprimorar sua linda mansão.
Não é difícil perceber que rapidamente o sonho virou pesadelo para mim e comecei, ao fim de um tempo, a ponderar mudar de casa afim de levar uma vida mais à maneira que eu considerava ser mais "segundo a vontade de Deus", uma vida em que, depois do trabalho, eu tivesse mais tempo para ler, para falar com Deus, para receber pessoas em casa com mais intimidade e consequentemente com menos"ruídos".
Hoje, eu vejo as coisas de uma forma bem diferente e entendo que cuidar de um jardim ou manter uma propriedade pode agradar tanto a Deus como estar a falar sempre do seu nome, ou mais até...
O que é certo é que uma noite, estávamos nós a conviver com uns amigos, o meu sogro apareceu para vir buscar uma lâmpada de que necessitava lá na residencial, logo por "azar" para nós, era uma das lâmpadas que estávamos a utilizar naquele momento...
Foi a gota de água para o meu grande e jovem orgulho, naquela noite, eu decidi que este episódio não se repetiria.
sábado, 24 de outubro de 2015
sexta-feira, 2 de outubro de 2015
Toca a vom...andar!
Voltamos a estrada. O carro estava reparado e nós muito debilitados.
Tivemos muita sorte! ou talvez não...não tenha sido sorte...mas enfim...a correia de transmissão partiu no instante em que o carro estava em ponto morto, nos semáforos de Rio Maior. A bem dizer, isto pode-se chamar, tecnicamente, de milagre ou de probabilidade ínfima!
Bastou ao simpático mecânico substituir a correia e lá fomos nós com o carro reparado mas muito debilitados.
Tão debilitados que fazíamos uns quilómetros e parávamos num café afim de vomitar e fazer mais coisas tão horríveis como esta. Enfim só conseguimos chegar ao Porto. O Gerês teria de ficar para mais tarde (à hora em que este texto está a ser escrito, ainda não conseguimos cumprir nossa viagem a esse maravilhoso destino).
No Porto, comemos uma sopinha e tomamos a decisão de regressar ao Algarve, pela autoestrada, o mais depressa possível! (Na altura não existia tanta autoestrada como hoje).
Uma lua de mel quase a chegar ao fel. Nem turismo, nem comidas e bebidas e nem sexo..."mezinhas" e comprimidos e muita vontade de regressar a casa.
O carro chegou bem ao Algarve e nós também. Mas a alegria de começar uma nova fase, Nossa Nova Fase era inatingível. O amor que sentíamos abafava todo e qualquer contratempo!
Chegávamos a casa, ou melhor dizendo, a casa cedidos pelos meus sogros para vivermos a partir de agora, uma magnífica vivenda com piscina com vista para o mar. Só faltava torná-la o nosso lar...
Tivemos muita sorte! ou talvez não...não tenha sido sorte...mas enfim...a correia de transmissão partiu no instante em que o carro estava em ponto morto, nos semáforos de Rio Maior. A bem dizer, isto pode-se chamar, tecnicamente, de milagre ou de probabilidade ínfima!
Bastou ao simpático mecânico substituir a correia e lá fomos nós com o carro reparado mas muito debilitados.
Tão debilitados que fazíamos uns quilómetros e parávamos num café afim de vomitar e fazer mais coisas tão horríveis como esta. Enfim só conseguimos chegar ao Porto. O Gerês teria de ficar para mais tarde (à hora em que este texto está a ser escrito, ainda não conseguimos cumprir nossa viagem a esse maravilhoso destino).
No Porto, comemos uma sopinha e tomamos a decisão de regressar ao Algarve, pela autoestrada, o mais depressa possível! (Na altura não existia tanta autoestrada como hoje).
Uma lua de mel quase a chegar ao fel. Nem turismo, nem comidas e bebidas e nem sexo..."mezinhas" e comprimidos e muita vontade de regressar a casa.
O carro chegou bem ao Algarve e nós também. Mas a alegria de começar uma nova fase, Nossa Nova Fase era inatingível. O amor que sentíamos abafava todo e qualquer contratempo!
Chegávamos a casa, ou melhor dizendo, a casa cedidos pelos meus sogros para vivermos a partir de agora, uma magnífica vivenda com piscina com vista para o mar. Só faltava torná-la o nosso lar...
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